A leishmaniose visceral canina é uma doença infecciosa grave que afeta principalmente órgãos internos dos cães e pode ser transmitida para humanos.
A leishmaniose visceral canina é uma doença infecciosa crônica, causada pelo protozoários do gênero Leishmania e é transmitida pela picada do mosquito-palha fêmea infectado.
Ela é bastante comum em regiões quentes e úmidas do Brasil, como o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, e acomete principalmente o baço, fígado, medula óssea, linfonodos e rins dos cães.
Além de comprometer a saúde do pet de forma grave, a leishmaniose visceral canina também representa risco para os humanos. Por isso, é fundamental seguir as medidas de prevenção para evitar que seu pet seja infectado.
Além disso, em caso de suspeita da doença, o tutor deve levá-lo imediatamente para o veterinário, para realizar o diagnóstico precoce e evitar a propagação da doença.
Caso dê positivo, é essencial seguir com o tratamento mais adequado e o acompanhamento veterinário contínuo para controlar a progressão da doença e oferecer mais qualidade de vida ao cãozinho.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender melhor o que é leishmaniose visceral canina, como é feito o tratamento, quais são os sintomas e os cuidados essenciais para proteger o seu pet.
Boa leitura!
Leishmaniose visceral canina: o que é?
É uma doença infecciosa crônica e grave causada por um protozoário do gênero Leishmania.
Além de afetar os cães, a doença também representa risco à saúde humana, já que se trata de uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos humanos.
O mosquito-palha prefere ambientes quentes, úmidos e sombreados, com acúmulo de matéria orgânica. Por isso, o controle ambiental é uma das estratégias fundamentais na prevenção da doença.

Leishmaniose visceral canina: como é a transmissão?
A forma de transmissão ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito-palha fêmea infectado.
Esse inseto se contamina ao picar um cão doente, ou outro mamífero infectado. A partir daí, o mosquito pode transmitir o protozoário para outros cães ou pessoas.
É importante ressaltar que a doença não é contagiosa entre cães ou entre cães e humanos de forma direta.
Isso significa que a leishmaniose canina visceral não se transmite por contato com secreções, pelo toque ou compartilhamento de objetos.
O vetor, no caso o mosquito-palha, é essencial para que a transmissão aconteça.
Como é o ciclo da leishmaniose visceral canina?
O ciclo da doença envolve três elementos principais: o cão infectado (ou outro mamífero hospedeiro), o protozoário Leishmania e o mosquito-palha fêmea, que atua como vetor.
Esse ciclo começa quando o mosquito pica um cão doente e ingere o parasita presente no sangue. Dentro do organismo do inseto, o protozoário sofre transformações e se torna infectante.
Quando esse mesmo mosquito pica um cão saudável, transmite o parasita, reiniciando o ciclo.
Leishmaniose visceral canina: quais são os sintomas?
A doença pode se manifestar de forma silenciosa nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Os sinais clínicos podem surgir meses ou até anos após a infecção e variam de acordo com o grau de comprometimento do organismo.
Os sintomas mais comuns da leishmaniose visceral canina incluem:

Esses sinais geralmente indicam que a doença já está em um estágio mais avançado e crítico, o que exige uma avaliação imediata com um veterinário.
Como a leishmaniose afeta o sistema imunológico e órgãos vitais, o pet também se torna mais vulnerável a infecções secundárias e outras doenças. Caso não seja tratado corretamente, pode levar o pet a óbito.
Além disso, a doença pode causar a infertilidade em machos e favorecer abortos nas fêmeas e partos prematuros, assim como transmitir a doença para os filhotes.
Como é o diagnóstico da leishmaniose visceral canina?
O diagnóstico da doença exige uma avaliação que envolve tanto exames clínicos quanto laboratoriais.
Isso porque os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças, como erliquiose ou insuficiência renal, o que torna fundamental distinguir a leishmaniose canina visceral de outras e iniciar o tratamento mais adequado.
O processo diagnóstico geralmente inclui:
- Exames de triagem, como hemograma, bioquímica renal e hepática, e proteína total e frações, que ajudam a identificar alterações sistêmicas típicas da doença;
- Testes sorológicos, que detectam anticorpos contra o protozoário Leishmania, indicando contato com o agente;
- PCR (reação em cadeia da polimerase), utilizado para identificar o DNA do parasita;
- Pesquisa do parasita em amostras, como sangue, medula óssea, linfonodos ou pele, por meio de biópsias ou citologias.
Em muitos casos, o diagnóstico exige a combinação de mais de um método para aumentar a precisão.
Essa abordagem é essencial tanto para confirmar a doença quanto para acompanhar a evolução e indicar o estadiamento da leishmaniose visceral canina.
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de controlar os sintomas e proporcionar qualidade de vida ao seu companheiro de quatro patas.
Como é o estadiamento da leishmaniose visceral canina?
Essa é uma etapa que ocorre após o diagnóstico, para classificar o grau de comprometimento do organismo do pet com base nos sinais clínicos, exames laboratoriais e resposta imunológica.
Essa avaliação ajuda o veterinário a definir a melhor conduta terapêutica e a prever o prognóstico do caso.
Com base nas informações dos exames e da avaliação clínica, o médico veterinário pode classificar a leishmaniose visceral canina em estágios que variam de leve a grave, ou seja, do estágio 1 ao 4.
Quanto mais precoce for a identificação da doença, maior a chance de controle e de preservar a qualidade de vida do pet.

Como é feito o tratamento da leishmaniose visceral canina?
A leishmaniose visceral canina não tem cura, por isso, o tratamento da doença consiste em controlar a doença e reduzir os sintomas.
Embora o protozoário Leishmania permaneça no organismo mesmo após o tratamento, é possível estabilizar o quadro clínico e oferecer mais conforto e longevidade ao pet.
O protocolo de tratamento inclui:
- Medicamentos específicos que agem para reduzir a carga parasitária;
- Acompanhamento veterinário constante, com avaliações clínicas e exames regulares;
- Suporte aos órgãos afetados, principalmente rins e fígado, que costumam ser comprometidos;
- Alimentação adequada e rica em nutrientes, essencial para fortalecer o sistema imunológico.
Mesmo com o tratamento adequado, é possível que o pet sofra com sequelas permanentes, como:
- Doença renal ou hepática crônica, que exige acompanhamento contínuo;
- Alterações na produção de células sanguíneas, devido ao comprometimento da medula óssea;
- Lesões de pele de difícil cicatrização, especialmente em casos mais avançados da doença.
Leishmaniose visceral canina: quais são as formas de prevenção?
Como a transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha fêmea infectado, todo esforço deve estar voltado à proteção do pet contra o contato com o inseto.
Veja quais medidas você pode tomar para proteger seu amigo de quatro patas e diminuir o risco de infecção:
- Usar coleiras repelentes e/ou pipetas com ação repelente contra o mosquito-palha;
- Evitar passeios ao entardecer ou início da manhã, períodos de maior atividade do mosquito;
- Telar o ambiente (janelas e portas) para impedir a entrada do mosquito;
- Manter o ambiente limpo e livre de matéria orgânica (folhas, restos de alimentos e fezes), já que é por esse tipo de resíduo que o mosquito se reproduz.
É fundamental aumentar os cuidados durante os períodos de chuva e aumento de temperatura, porque podem aumentar a proliferação e, assim, elevar o risco de transmissão.
Além da proteção individual, o controle ambiental é uma medida coletiva que ajuda a reduzir a presença do mosquito em regiões afetadas, como:
- Eliminar criadouros (lixo orgânico e matéria em decomposição);
- Evitar o acúmulo de água parada em quintais e jardins;
- Incentivar a limpeza urbana e a educação da comunidade sobre o ciclo da doença.
Quais são os cuidados com cães com leishmaniose visceral?
Após o diagnóstico da doença, é essencial seguir com o cuidado contínuo com o pet para garantir qualidade de vida, controlar os sintomas e evitar complicações.
Como o tratamento não cura a doença, a atenção à rotina do pet é determinante para a estabilidade do quadro clínico.
Em primeiro lugar, o pet deve ser acompanhado de perto por um veterinário especializado, com consultas regulares para avaliação do estado geral, além de exames laboratoriais e ajuste do protocolo de tratamento, caso necessário.
Durante toda a vida do pet, é fundamental oferecer uma dieta rica e bem equilibrada, para ajudar a fortalecer o sistema imunológico. Além de evitar a piora do quadro clínico, também ajuda a evitar a infecção de outras doenças.
Em alguns casos, pode ser indicada uma ração terapêutica, principalmente se houver comprometimento renal ou hepático.
O uso regular de antiparasitários externos e internos também ajuda a proteger o pet contra novas exposições ao mosquito-palha, assim como proteger outros pets e pessoas ao redor.
Como as lesões cutâneas podem ser persistentes e de difícil cicatrização, é importante manter o pet sempre limpo e com a pele bem cuidada.
Banhos terapêuticos, aplicação de pomadas ou medicamentos tópicos podem ser recomendados conforme orientação veterinária.

Por fim, é fundamental evitar que o pet passe por situações estressantes, porque podem comprometer ainda mais o sistema imunológico.
Por isso, o cachorro deve ficar em um ambiente calmo, com rotina estável e estímulos adequados ao seu nível de energia e saúde geral.
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