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Comportamento das raças de gatos (Parte 2)

Voltando para a nossa segunda parte sobre o comportamento das diferentes raças de gatos (confira a primeira parte aqui). Vamos falar sobre mais algumas raças:

Exótico
Apesar do nome, o exótico não é um gato exatamente fora do comum. Essa raça vem ganhando em popularidade porque ele reúne o doce olhar e a característica face do persa com uma pelagem curta e densa, que não exige tanta manutenção. Resumindo: é um persa de pêlo curto: ideal para quem se encanta com o gato persa mas não quer ter muito trabalho para cuidar dos pêlos.

Em relação ao comportamento da raça, são animais tranqüilos no entanto mais ativos que o persa. Semelham-se ao comportamento independente dos persas que não é muito chegado a colo. Também não são amigaveis a pessoas estranhas e não é um gato ideal para crianças. Em termos médicos também estão pré dispostos a doença renal policística e cardiomiopatia dilatada que deve ser identificada antes da aquisição.

 

Bengal
São os “Labradores” felinos.  Essa raça se originou do cruzamento de um leopardo asiático com um gato doméstico. Apesar de ser um Hibrido de gato selvagem e domestico a raça mantém seus instintos selvagens mas não chegam a serem agressivos. No geral não são animais apegados as pessoas, crianças e não gostam de colo. São gatos lindos para se olhar! Podem ser agressivos a outros gatos, característica do territorialismo dos felinos selvagens. São extremamente ativos, exímios caçadores e até mesmo brincalhões, no entanto são silenciosos.

Esses gatos precisam se exercitar, portanto o Enriquecimento Ambiental é indispensável para quem quer ter uma miniatura de leopardo em casa! Tendem a demarcar o seu território com arranhaduras e até mesmo pulverizando urina. Sua pelagem requer poucos cuidados. Uma escovação pode ser o suficiente, mas poucos permitirão isso. Não necessitam de banhos freqüentes mas adoram brincar na água! Clinicamente a raça não é pré disposta a doenças especificas.

 

Ragdoll
Mais do que qualquer outra raça, o nome desta reflete exatamente o comportamento desses gatos! O ragdoll, ou boneca de trapos em português, é a raça mais gentil dentre os felinos. Esses gatos tem uma tendência exagerada em ficarem moles nos nossos colos! São extremamente dóceis com familiares, pessoas estranhas, outros gatos e ideais para crianças. São calmos, silenciosos, pouco ativos no entanto brincalhões.

São gatos grandes que atingem o completo crescimento até os 4 anos de idade. Sua pelagem longa requer especial atenção a escovação. Geneticamente falando é uma raça pré disposta a desenvolver cardiomiopatia, portanto a genética dos pais deve ser investigada.

 

Sphynx
Essa certamente é a raça que mais chama atenção devido as suas características físicas. O nome Sphynx (esfinge) não tem nenhuma relação com a origem da raça. A raça é de origem canadense e não egípcia. Devido a falta de pêlos, eles procuram se aninhar em nossos colos para se aquecerem, portanto necessitam de um ambiente acolhedor e muitas vezes aquecido. São animais afetuosos, pacientes, ativos e brincalhões. Não são muito chegados a pessoas estranhas mas não chegam a ser agressivos, além disso são moderadamente afetuosos com crianças. Se relacionam bem com outros gatos e não são barulhentos. Apesar de não ter pêlos essa raça necessita de uma atenção especial com a pele. Alguns animais podem apresentar excesso de oleosidade que faz com que necessitem de banhos mais freqüentes.

Um outro equivoco é pensar que esses animais, por não terem pêlos são “hipoalergenicos”, isso não é verdade porque o alérgeno (para pessoas sensíveis) está presente na descamação da pele e na saliva dos felinos e não nos pêlos. Clinicamente são animais que requerem uma atenção especial do medico veterinário em relação a anestesia e, até o momento não foi identificado nenhuma predisposição da raça a doenças especificas.

 

Doméstico de pêlo longo
Esses gatos de pêlos longos são os primos dos nossos “vira latinhas” mas que apresentaram essa característica devido a genes recessivos; Por isso que são menos comuns. Mutações de genes nas pelagens ocorrem de tempos em tempos e mesmo gatos de pêlo curto podem originar gatos de pêlos longos.

A origem dessa raça é incerta, mas o que se sabe é que foram primeiramente vistos na Europa por volta do ano de 1500. Desde aquela época até os dias de hoje são mencionados como gatos “mestiços angorá”. Vale lembrar que o gato Angorá é o gato de pêlos longos originário da Turquia (Angorá Turco) e difere dos outros gatos de pêlos longos europeus. Como esses animais são uma variação do gato domestico de pêlo curto, o perfil comportamental se assemelham a eles, bem como não podemos também apontar nenhuma vulnerabilidade especifica a doenças.

E para finalizar, após conhecer um pouco mais sobre o comportamento das raças mais comuns, não podemos deixar de falar sobre a diferença do comportamento entre machos e fêmeas. O sexo do gato pode exercer um papel decisivo na hora da adoção.

Macho ou fêmea?

E quem é que poderia imaginar que os machos são o sexo frágil?
Como é mais difícil prever o comportamento de animais não castrados, vamos falar aqui sobre as diferenças entre machos e fêmeas, ambos castrados e sem influencia hormonal.
No mesmo estudo, ao contrario do esperado, os machos castrados são os mais brincalhões e carinhosos seja com pessoas quanto com outros gatos, mas tendem a dar mais problemas de demarcação urinária. Já as fêmeas tendem a ser mais agressivas com outros gatos ou mesmo com visitas ou pessoas da família. Nos quesito predação de pequenos animais, vocalização e arranhaduras, ou estrago de móveis da casa, não houveram diferenças significativas entre os sexos.

Fonte: Geração Pet